Mesmo sem competir profissionalmente, esse público busca evolução e performance. Especialista mostra como aplicar conceitos do esporte de alto rendimento no dia a dia
Yara Achôa, Fitness Brasil
22/9/2025
Eles não são atletas profissionais, mas também não se contentam apenas com saúde. Buscam desempenho, querem melhorar na corrida, no futebol, no surf, na bike. E quando algo não sai como esperado, a frustração pode comprometer toda a semana. São os chamados “atletas de final de semana”, um público cada vez mais presente nas academias, estúdios e centros de treinamento.
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Para o treinador e professor Kron Guedes, mestre em ciências do movimento humano pela Unifesp, esse perfil exige uma abordagem específica. “Penso no cara que surfa desde sempre, mas se um dia vai mal na água, acaba estragando a semana inteira. Esse público não quer só saúde: ele quer melhorar a performance no que gosta de fazer”, afirma.

Kron explica que durante muito tempo existiu uma lacuna entre a musculação tradicional e o treinamento esportivo. “Meus amigos, por exemplo, nunca entraram na academia que meu pai tinha em Santos. Eles associavam musculação diretamente ao fisiculturismo e diziam: ‘isso não vai me ajudar a jogar bola ou a pegar onda’. Do outro lado, viam o treinamento desportivo como algo exclusivo para atletas de alto rendimento. E aí ficou um espaço vazio no meio.”
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É justamente nesse espaço que entra a proposta de Kron: adaptar metodologias do treinamento esportivo ao dia a dia desses praticantes. “O objetivo é mostrar que é possível usar conceitos do esporte de alto rendimento para quem não é profissional, mas busca evoluir e se sentir atleta dentro da sua realidade.”
Com essa visão, os “atletas de final de semana” deixam de ser apenas um rótulo e passam a representar um público relevante para profissionais da Educação Física — pessoas motivadas, engajadas e que encontram no esporte mais do que lazer: encontram propósito.
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