Corrida cresce, caminhada dispara, treino de força avança e clubes se tornam motores de comunidade. Tendências apontam caminhos estratégicos para o setor
Yara Achôa, Fitness Brasil
8/12/2025
O levantamento Year in Sport 2025, do Strava, revela alterações profundas no comportamento das pessoas ativas. Os dados mostram uma reorganização clara das preferências esportivas, do engajamento digital e dos hábitos de consumo. Para gestores e profissionais do setor, o relatório funciona como um indicador de demanda e de novas oportunidades de negócio.
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A Geração Z surge como principal vetor dessas transformações. Ela amplia a participação em provas, adota treinos de força com mais frequência e fortalece a cultura de clubes e comunidades. Ao mesmo tempo, utiliza mais tecnologia, busca personalização e valoriza experiências sociais dentro do treino.

As tendências apontadas pelo relatório mostram onde o mercado deve focar em 2026: programas mais inclusivos, espaços de musculação mais robustos, estratégias baseadas em comunidade e integração equilibrada entre tecnologia e acompanhamento profissional. O cenário indica um setor em expansão, mas que exige adaptação rápida para atender a um público mais diverso e exigente.
Corrida domina, caminhada dispara
A corrida segue como o esporte mais praticado no Strava. Porém, a caminhada cresce de forma acelerada e já ocupa a segunda posição entre as atividades mais registradas. Isso indica a entrada de novos perfis no universo ativo. Também reforça a busca por atividades acessíveis, simples e de baixo impacto. Com isso, produtos e programas voltados para iniciantes tendem a ganhar ainda mais espaço.
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Gen Z impulsiona provas no Brasil
O Brasil vive uma explosão de participação em provas. A Geração Z lidera essa expansão e supera com folga o ritmo global. O crescimento foi de 123% em maratonas, 77% em meias, 62% em 10 km e 74% em 5 km. Além disso, os dados mostram um público mais competitivo, engajado e disposto a investir em preparação. Isso reforça a demanda por treinos estruturados, consultorias, eventos e serviços personalizados.
Força ganha espaço entre jovens
O treino de força se consolidou em 2025. A Gen Z tem duas vezes mais chance de elegê-lo como principal prática. As mulheres também ampliaram presença na musculação. A busca por estética, bem-estar e desempenho impulsiona essa evolução. Academias precisam revisar layouts, metodologias e atendimento. Marcas também encontram espaço para inovação em produtos e serviços ligados à performance.
Clubes viram hubs de comunidade
Os clubes no Strava quase quadruplicaram no mundo. No Brasil, o crescimento foi ainda maior. Eles se tornaram pontos de encontro, pertencimento e conexão. Clubes de caminhada foram os que mais cresceram. Logo depois vêm os de corrida. Essa expansão transformou interações digitais em encontros presenciais. Para o mercado, isso abre terreno fértil para ativações, relacionamento e construção de marca contínua.
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Gen Z investe mais em fitness
Mesmo afetada pela inflação, a Geração Z aumenta os gastos com atividades físicas. Ou seja: eles compram mais equipamentos, priorizam tecnologia e preferem experiências ativas. No Brasil, 68% preferem gastar com itens esportivos a investir em encontros. Treinos também ganharam função social. Mais da metade afirma que são bons lugares para conhecer pessoas. E muitos aceitariam um treino como primeiro encontro. O fitness se torna parte da cultura jovem.
Tecnologia e IA avançam nos treinos
A tecnologia esportiva se fortalece. Quase metade dos usuários globais usaria IA para treinar. No Brasil, a adesão cresce ainda mais entre os jovens. Apesar disso, o relatório mostra equilíbrio. A autonomia corporal ainda tem peso maior nas decisões de treino. O celular segue como principal dispositivo no país. Nos tênis mais usados, o Brasil destaca modelos nacionais, com Olympikus Corre, ASICS Novablast e Adidas Adizero no topo.
O relatório confirma uma mudança estrutural. A atividade física evolui para um espaço de socialização, saúde, tecnologia e cultura. A corrida permanece forte. A caminhada ganha protagonismo. O treino de força se consolida. Os clubes se tornam essenciais para engajamento e retenção. Para o mercado, três direções são claras. Comunidade precisa ser estratégia. Tecnologia deve integrar, não substituir. E a Geração Z dita ritmo, expectativas e modelos de consumo. Quem entender isso agora, avança.













































































































































































































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