A cultura da sua equipe não nasce de regras ou frases bonitas — ela se constrói no exemplo diário e na constância do líder
Por Fernando Tadeu, colunista Fitness Brasil
30/7/2025
Por anos, repeti a mesma ladainha: “Minha equipe não tem comprometimento, falta padrão, falta excelência”. Era fácil culpar os outros. Difícil foi admitir que o problema era outro — e tinha nome: eu. A verdade é que a equipe só repete o ritmo do líder. E, no meu caso, eu era inconstante demais para esperar constância dos outros.
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Cobrava pontualidade, mas chegava depois das 10h. Pedia feedback diário, mas sumia da academia por dias. O escritório tinha minha foto na parede, mas meu corpo estava longe da operação. E no dia a dia, o time sempre dança conforme a música que o líder toca — ou deixa de tocar.

A liderança verdadeira não nasce do discurso motivacional bonito nem de frases emolduradas na parede da recepção. Ela vem da presença constante e do exemplo prático. Ritmo gera cultura. E cultura se constrói com repetição. Toda segunda: reunião de metas. Toda quarta: coaching com a equipe. Toda sexta: análise de números. Qualquer furo nesse ciclo e o ritmo quebra. E, com ele, o padrão vai embora.
Quando o dono some, o que acontece?
- O padrão cai.
- As desculpas viram rotina.
- A experiência do cliente começa a desandar — e ele sente isso logo na recepção.
Mas calma, presença não precisa ser sinônimo de microgerenciamento. Você não precisa ficar 10 horas por dia na academia para liderar bem. Às vezes, 30 minutos por dia bem distribuídos são mais eficientes do que três dias sumido. Que tal 15 minutos pela manhã na sala de vendas, 15 minutos à tarde no salão e um relatório rápido de KPIs no fim do dia?
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Liderar é mais do que falar: é mostrar, repetir e estar junto. É constância no comportamento e coerência nas ações. A equipe não perde padrão por má intenção — ela perde quando falta maestro. Quando o líder desaparece, o time desacelera. E quando o time desacelera, o faturamento sente.
Se sua equipe está desmotivada, talvez o sumido seja você. Pense nisso antes de reclamar do engajamento. E lembre-se: a cultura da empresa não se escreve — ela se vive, todos os dias.
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