Em Londres, espaços compactos, reservados por app e sem funcionários conquistam praticantes e profissionais. Esse formato poderia pegar no Brasil?
Yara Achôa, Fitness Brasil
10/11/2025
Um contêiner vazio, alguns equipamentos fitness básicos e um aplicativo. Foi assim que um empreendedor londrino criou uma solução simples – e hoje milionária – para um problema antigo: falta de tempo, superlotação e pouca privacidade nas academias tradicionais. As chamadas PT Pods são “cápsulas de treino” instaladas em contêineres adaptados. Elas funcionam como mini academias individuais: não têm funcionários, não têm fila e não exigem assinatura fixa. O usuário baixa o app, encontra a unidade mais próxima, faz a reserva e a porta abre via Bluetooth. Treina sozinho ou com um amigo e vai embora.
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O conceito se espalhou pelo Reino Unido e já ultrapassou 100 unidades. Agora, a ideia chama atenção de empreendedores do mundo todo.

Como funcionam os “pods”
O sistema é totalmente digital, pensado para simplificar a experiência de treino:
1. Reserva pelo app
O aplicativo PT Pods mostra as unidades mais próximas no mapa. O usuário escolhe o horário desejado e define se quer treinar livremente ou seguir uma aula virtual de personal trainer.
Há duas opções de pagamento: por uso (de £16 a £25 por sessão, cerca de R$ 112 a R$ 175) ou planos mensais (de 4 a 8 sessões, com descontos progressivos).
2. Acesso inteligente
No horário marcado, o celular funciona como chave e a porta abre por Bluetooth. A cápsula é monitorada por sistema de segurança com câmeras 24 horas por dia, 7 dias por semana, possui vidro de privacidade e botão de emergência.
3. Um estúdio só seu
Dentro do contêiner, o praticante encontra equipamentos básicos de musculação e funcional; tela para aulas virtuais; programas de 4 a 12 semanas; espaço para no máximo duas pessoas. Treinar com um amigo é permitido, sem custo extra.
Um modelo que também atrai personal trainers
Além do público final, as cápsulas são usadas por profissionais que desejam treinar seus clientes sem depender do espaço das academias tradicionais. E personal trainers que realizam ao menos 10 sessões por mês podem até abrir a própria agenda dentro do aplicativo, atraindo novos alunos e usando o contêiner como um miniestúdio privado.
Segundo a empresa, alguns fatores impulsionaram a adesão e o crescimento: privacidade total; preço acessível para treinos individuais; disponibilidade 24/7; estrutura compacta com baixo custo de instalação; flexibilidade para treinar sozinho, em dupla ou com personal; experiência simples, rápida e totalmente digital. É um formato que conversa com rotinas apertadas, treinos curtos, busca por autonomia e a tendência global de microestúdios.
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E no Brasil, funcionaria?
Ainda não há previsão de chegada desses contêineres por aqui, mas o modelo já desperta curiosidade no mercado fitness. Entre os pontos que colaboram com a adesão à ideia estão expansão do mercado de estúdios boutique, demanda por experiências mais personalizadas, boom de microempreendedores e personal trainers independentes, possibilidade de instalação em estacionamentos, praças, clubes, condomínios e áreas corporativas.
Mas o modelo também enfrentaria desafios: custos de importação e adaptação dos contêineres; necessidade de segurança reforçada; legislação para instalação em vias públicas; cultura forte de academias grandes e coletivas. De qualquer forma, as PT Pods não deixam de ser uma boa provocação ao mercado!
















































































































































































































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