Apresentamos mais um notável do mercado, falando sobre sua trajetória, seus desafios e sua visão de futuro
Yara Achôa, Fitness Brasil
18/7/2025
“Quem é quem – os líderes do mercado fitness” é a seção do FitBR News que destaca os profissionais que movimentam e transformam o setor no Brasil. A cada semana, apresentamos líderes que estão deixando sua marca com visão estratégica, paixão e coragem para inovar.
O entrevistado desta edição é Reginaldo Recchia, CEO da Johnson Health Tech (Matrix). Com passagem pelo setor automotivo e uma trajetória marcada por grandes transformações, ele compartilha os aprendizados, desafios e conquistas de quem atua com intensidade em um mercado em constante evolução.
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Qual é o principal foco da Johnson Health Tech?
Apesar de muito direcionada ao fitness, a Johnson Health Tech também atua no segmento de bem-estar. Um bom exemplo são os produtos como cadeira de massagem e massageadores. Nossa proposta é oferecer soluções integradas que atendam aos dois universos, com tecnologia, performance e conforto.

Como foi a sua transição para o mercado fitness? O que o motivou a entrar nesse setor?
Fui convidado pela empresa para fazer um turnaround de resultados. Minha origem é do setor automotivo, então trouxe para o fitness as melhores práticas de gestão e processos desse mercado. Além disso, sempre tivemos forte ligação com o esporte. E minha esposa já atuava no segmento — o que facilitou a transição.
Quais foram os maiores desafios que enfrentou em sua carreira até aqui?
Tornar uma empresa deficitária em uma operação lucrativa é, sem dúvida, um dos maiores desafios. Isso envolve demonstrar ao mercado qualidade, serviço ao cliente e uma boa relação custo-benefício. Além disso, estamos estruturando a subsidiária da Johnson no Chile. Começar do zero exige aplicar as melhores práticas e os aprendizados acumulados para já iniciar com consistência nos resultados.
Você lembra de um momento especialmente difícil na vida? Como superou?
Foi quando tivemos um desenvolvimento Global, com fornecimento do Brasil e decidimos partir para uma carreira solo em consultoria, sendo que durante o início a fase foi extremamente conturbada por problemas particulares e para desenvolvimento de clientes. Mas como Deus tem planos para todos, recebemos o convite para nos juntarmos a Johnson Health Tech.
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Conte uma situação que você viveu em que precisou se adaptar, se ajustar a uma mudança.
Na minha opinião as adaptações são diárias, mas a que mais impactam são as culturais, pois cada país possui uma cultura diferente e posicionamentos diferentes, sendo que temos que nos adaptar rapidamente as variações para que os resultados possam ser alcançados de forma rápida e consistente.
Qual foi o momento mais marcante da sua trajetória profissional até agora?
Conseguir ser reconhecido globalmente dentro do grupo Johnson Health Tech, pelos resultados que alcançamos no Brasil com a força de um time coeso. Saímos de “patinho feio” para um belo cisne que nada em águas turbulentas que temos no mercado.
Na sua visão, quais inovações vão moldar o futuro do setor fitness?
Conectividade e inteligência artificial já são parte do nosso dia a dia e vão se expandir ainda mais. O consumidor está cada vez mais exigente. A tendência é seguirmos o que aconteceu na indústria automotiva: tecnologias embarcadas, sistemas inteligentes e soluções personalizadas, entre outros.
Como você enxerga o papel do Brasil no cenário global do fitness?
Hoje o Brasil tornou-se uma referência no mundo fitness, quer seja pelas novas redes de academias, assim como pelos influencers que deram uma excelente alavancada no setor. Estamos verificando que as feiras no Brasil estão se tornando relevantes para o mundo, com o desejo de inúmeros fabricantes em vender seus produtos no mercado local.
Como você define sucesso?
Sucesso é reconhecimento de mercado, entrega de resultados para os stakeholders, crescimento contínuo e ser uma referência sempre que o setor é citado.
Quais são os valores que você considera inegociáveis?
Honestidade, imparcialidade, meritocracia e dedicação.
Que conselho você daria a quem quer crescer nesse setor?
Estude. Planeje. Conheça profundamente o que quer fazer. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo — e direcione suas ações com foco total.
Como equilibrar a vida pessoal e profissional em um setor tão dinâmico?
Ainda estou tentando. Dedicação é um dos meus princípios inegociáveis, então não há hora ou dia para lidar com os assuntos profissionais. Isto colocado, procuro sempre estar focado com as particularidades durante as manhãs, acordando às 5 horas e fazendo o que for possível. Felizmente a família compreende e apoia nossas atitudes, sendo até motivado pelos filhos com o orgulho que eles possuem do pai.
Quais são seus próximos projetos e desafios, profissionais e pessoais?
No momento, o principal desafio é a abertura da SBU no Chile — e há conversas sobre outras unidades. Pessoalmente, gostaria de ter mais tempo para jogar tênis. Também quero viajar mais e seguir explorando o mundo.
Se pudesse ter um superpoder, qual escolheria?
Ter um superpoder representa extrema responsabilidade, mas talvez ser o Multi Homem (desenho da década de 80), para, quem sabe, estar em vários lugares ao mesmo tempo e poder ser mais produtivo.
Qual foi o último livro que leu?
Diário de um CEO, de Steven Bartlett.
Um livro e um filme que você indica para outros líderes.
Para o livro eu sugeriria How to Wash a Chicken e para o filme Um Senhor Estagiário.
Você tem uma frase ou conselho que leva para a vida?
Essa frase normalmente utilizo para superar dificuldades e desafios “Não quero saber se o pato é macho, o que desejamos é leite”.
Seus contatos…
Meu e-mail é rrecchia@jhtb.com.br. No Instagram, meu perfil é @recchia_family. E no LinkedIn Reginaldo Recchia
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