Em um mercado ávido por inovação, muitas academias continuam repetindo velhos erros: automatizam demais, treinam de menos e esquecem que o fator humano ainda é o principal diferencial.
Por Cris Santos, colunista Fitness Brasil
7/10/2025
No setor fitness, é comum falar sobre as últimas tendências: treinos híbridos, tecnologia de ponta, programas de wellness corporativo, entre outros. Mas existe um olhar igualmente importante — e pouco explorado — sobre as anti-tendências: práticas ultrapassadas ou mal aplicadas que, em vez de gerar inovação, acabam afastando clientes e desmotivando equipes.
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Não basta seguir tendências — é preciso também evitar falhas comuns que se repetem na gestão de academias e que impactam diretamente pessoas, resultados e negócios.

Algumas anti-tendências que vejo nas academias:
1. Ignorar o fator humano em meio à mecanização
Muitas academias estão obcecadas por automação: catracas inteligentes, aplicativos de treino, check-ins digitais. Tudo isso é válido, mas quando o atendimento humano deixa de existir, a experiência perde alma. O aluno quer tecnologia, mas também quer ser reconhecido pelo nome, sentir acolhimento e proximidade. No meu livro sobre liderança, reforço como a presença humana é o que sustenta a cultura e o engajamento.
2. Tratar Pessoas & Desenvolvimento (P&D) como área isolada
Ainda é comum que academias treinem seus professores apenas em protocolos técnicos, sem investir no desenvolvimento comportamental ou no fortalecimento das lideranças. Resultado: equipes pouco motivadas e alta rotatividade. O desenvolvimento precisa ser contínuo, conectado à cultura da academia e não apenas um treinamento eventual. Em um artigo sobre relacionamento interpessoal no trabalho, mostro como isso impacta diretamente o clima e a retenção de talentos.
3. Manter modelos rígidos diante da realidade do trabalho híbrido e flexível
Coordenadores e gestores de academias muitas vezes insistem em modelos antigos de controle: horários engessados, falta de autonomia e ausência de flexibilização. O mercado já entendeu que qualidade de vida atrai profissionais melhores — quem não se adapta a isso perde professores e consultores talentosos para concorrentes mais modernos.
Se eu fosse você…
…pararia de acreditar que tecnologia substitui empatia, de tratar treinamento como evento pontual e de controlar a equipe como se fosse linha de produção.
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Cultura não se pendura na parede: ela se pratica, de verdade, no dia a dia, no chão da academia!
E começaria a:
• Criar experiências digitais e humanas para alunos.
• Implantar programas de desenvolvimento contínuo para professores e coordenadores.
• Rever políticas de gestão de pessoas, trazendo mais flexibilidade e confiança.
Para refletir
As tendências são importantes, mas olhar para as anti-tendências é essencial para não repetir erros que afastam alunos e equipes.
E eu deixo a provocação: qual prática na sua academia você acha que já virou uma “tendência ruim” e precisa ser revista?
Cris Santos é CEO da BrainFit Consultoria de Carreira & Negócios, com foco em pessoas e resultados, headhunter, especialista em desenvolvimento humano, carreira e liderança; mentoria B2B e B2C. Instagram @crissantosrh
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