Invista em layouts reconfiguráveis: piso técnico de boa qualidade, pontos de energia distribuídos e arquitetura flexível que permite testar novas aulas e lançar produtos com rapidez
Por Patricia Totaro, colunista Fitness Brasil
21/10/2025
O consumidor já mudou. Quer saúde integral, equilíbrio mental e experiências personalizadas, não apenas máquinas novas e bom serviço. As academias lideres de mercado entendem isso e transformam espaço físico em plataforma de bem-estar, usando biofilia, neuroarquitetura e tecnologia para gerar resultados mensuráveis no negócio.
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A biofilia vai além de “colocar plantas”. É projetar luz natural calibrada, ventilação eficiente, materiais táteis e micro-oásis de pausa. Corredores com vistas para a natureza reduzem a percepção de esforço, bolsões verdes perto das áreas de alta intensidade aceleram o relaxamento pós-treino, e a sensação de acolhimento aumenta o tempo de permanência. Resultado: mais consumo de serviços e menor churn.

A neuroarquitetura organiza estímulos para orientar o comportamento. Zonas de alta excitação para HIIT e cardio. Estímulo moderado para musculação e foco técnico. Baixa excitação para alongamento, respiração e recuperação. Pontos de descompressão com som e luz adequados, reduzem a fadiga mental e melhoram a consistência de treino. Vestiários projetados como um ambiente de estar, com acústica e iluminação quentes finalizam o ritual, elevando a satisfação.
Tecnologia tem que ser invisível e gerar resultado
Comece pelo básico viável hoje: check‑in fácil na catraca integrado ao CRM, contadores de pessoas por câmera para medir ocupação e filas. No app, foque no que engaja: reservas de aulas em tempo real, notificações inteligentes quando a sala estiver menos cheia e protocolos rápidos de recovery.
O bem-estar mental entra como proposta central. Pequenas ilhas de silêncio, áreas rápidas de mobilidade e respiração no salão, informações rápidas sobre sono e estresse e rituais de início e fim de treino criam uma comunidade que defende a marca espontaneamente. É diferenciação pura, difícil de copiar.

Para manter o CAPEX sob controle, invista em layouts reconfiguráveis: piso técnico de boa qualidade, pontos de energia distribuídos e arquitetura flexível que permite testar novas aulas e lançar produtos com rapidez. Hospitalidade operacional fecha o ciclo: rotas de colaboradores eficientes, recepção com papel de concierge e linguagem de sinalização clara garantem consistência mesmo em equipes rotativas.
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E lembrem-se de medir o que importa: receita por m² e por faixa horária, permanência média, número de visitantes, conversão de matrículas, NPS por zona, custo energético ajustado por ocupação.
A academia do futuro é um sistema que aprende com dados, cuida de pessoas e, por consequência, melhora resultados. Quem começar agora define o padrão que os outros irão seguir.
Patricia Totaro é referência no mercado internacional de arquitetura para academias, onde atua desde 1995 com mais de 950 projetos construídos. Sua metodologia de desenvolvimento de projetos, a Trilha da Experiência, alia conceitos de marketing e design thinking à Arquitetura tendo como foco a experiência e sucesso do cliente. Dessa forma o projeto é parte da estratégia de gestão da academia. Seu propósito pessoal de estimular a prática de exercícios físicos por meio de experiências relevantes dentro das academias a faz compartilhar o seu conhecimento com os gestores em palestras, artigos e em suas redes sociais: @patriciatotaro @patriciatotaroarquitetura @arq_fit_
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