A explicação pode estar no fato de que o coletivo oferece o que a tecnologia ainda não consegue reproduzir: energia humana
por Cida Conti, colunista Fitness Brasil
4/11/2025
Depois de alguns anos em que o foco do mercado esteve voltado para treinos personalizados, aplicativos e experiências individuais, o coletivo está de volta. O relatório anual da ACSM (American College of Sports Medicine) acaba de apontar o Group Fitness entre as 20 principais tendências globais do fitness para 2026 – ocupando a 13ª posição. E essa reascensão não é coincidência: ela reflete um desejo crescente de conexão humana, pertencimento e experiências compartilhadas.
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O coletivo como antídoto para a desconexão
Nos últimos anos, a busca pela autonomia e pela performance individual levou muitos praticantes para rotinas solitárias — seja na musculação, nos treinos online ou nos aplicativos de corrida, de treino. Mas, à medida que o mundo pós-pandemia se reorganiza, cresce também a percepção de que ninguém evolui sozinho por muito tempo. As aulas coletivas voltam a ser o espaço onde o esforço é compartilhado, o cansaço é dividido e a superação ganha testemunhas.
Mais do que um simples formato de treino, o coletivo oferece o que a tecnologia ainda não consegue reproduzir: energia humana. A sinergia que surge quando várias pessoas se movem juntas, guiadas por um bom professor e embaladas por música, cria um tipo de motivação que nenhum algoritmo entrega.
Tecnologia, personalização e propósito
O retorno das aulas coletivas não é um resgate do passado, mas uma reinvenção com base na personalização e na tecnologia. Sistemas de monitoramento, telas de performance e gamificação permitem que cada aluno viva um treino adaptado à sua intensidade, ainda que dentro de um grupo. Essa integração entre dados e emoção transformou as aulas em experiências inteligentes — e isso explica seu novo protagonismo.
Além disso, cresce a valorização do propósito. O aluno de hoje busca significado naquilo que faz: quer se desafiar, mas também se sentir parte de algo maior. As aulas coletivas bem estruturadas, que estimulam comunidade, cooperação e celebração, respondem exatamente a essa demanda.

O papel do professor no novo coletivo
A figura do professor nunca foi tão importante. Ele é o curador da experiência, o elemento que conecta corpo, música e emoção. A tecnologia pode medir resultados, mas só o professor consegue traduzir esforço em pertencimento. Por isso, o sucesso das aulas coletivas depende cada vez mais de profissionais capazes de comunicar, inspirar e criar narrativas dentro do treino.
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O futuro é coletivo e inteligente
A volta das aulas coletivas ao radar das tendências mostra que o fitness está reencontrando seu equilíbrio: tecnologia e humanidade, individualidade e grupo, resultado e prazer.
O futuro do fitness não será apenas digital ou presencial, será social, emocional e compartilhado. E talvez essa seja a maior lição por trás da tendência: no fundo, o que nos move não é só o treino, mas as pessoas com quem treinamos.
Cida Conti: especialista em atividades coletivas, com mais de 40 anos de atuação no fitness; CEO do Studio The Flame; Diretora Executiva da Radical Fitness; Presenter internacional em 26 países













































































































































































































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